(Não contém spoilers)
Depois de toda uma efusão de trailers e propagandas a respeito de "A Culpa é das Estrelas", me rendi a assistir ao filme na noite desse sábado com um grupo de amigo bem heterogêneo. Um heterocasal, uma heteromina e mais 4 homocaras, além de Vapes e eu (estou avisando ao autor de Cinema, Homens e Pipoca que peguei os nomes acima emprestados do blog dele).
É incrível como a percepção do filme varia de uma pessoa para outra, de acordo com sua vivência pessoal. Para uns, apenas um filme que foi feito para fazer chorar. Para outros, uma recordação de uma experiência que deveria ser esquecida (seja ela uma doença, um parece adoecido ou um amor que não deu certo). Para outros tantos, uma melação que poderia destruir, em teor de glicose, uma mistura de açúcar, marshmallow e chantilly.
Para mim, foi uma poesia em forma de filme.
Poesia que faz você se apaixonar por Hazel Grace Lancaster, personagem principal da trama, pela sua atitude prática em relação à vida e sua condição terminal.
Poesia que faz você delirar ao conhecer Augustus Waters e seu sorriso cativante, sua insistência por uma vida de amores e risos, sua incansável paciência e a certeza de que tudo ficará bem.
Poesia que faz você abrir seu coração e ver, que além dos problemas, você pode ser feliz nos infinitos momentos que podem ser criados quando um coração encontra outro.
Em um mundo no qual as relações estão baseadas na efemeridade e no sexo, assistir o desenrolar de um romance meio que à moda antiga, nos faz lembrar que existe ainda magia nesse mundo, que a espera pode ser vantajosa e que amar jamais é demais.
Junte todos os vampiros e lobisomens adolescentes conhecidos do cinema atual. Junte a eles, os anjos e caçadores de fantasmas dos livros adolescentes. Eles jamais chegarão ao pés de Gus e sua inverossímil complacência e atitude positiva. Sequer conseguiram limpar o chão onde pisa aquele que mostra uma fúria imensa, mas contida, ao ver os pedidos do amor de sua (curta) vida serem despedaçados por outra pessoa, que sequer merecia sua atenção. E o mais importante: se deixe levar pelo sorriso garoto, maroto, escroto, incontido e moleque de um adolescente que quer tudo, exceto o esquecimento.
Hazel Grace é a antítese das mocinhas chatas, carentes e insuportáveis que temos visto por aí. Viaje em suas atitudes maduras, seus conselhos super diretos e a beleza da voz impressa por Shailene Woodley (de Divergente, 2014) à sua personagem. Meio menina, meio mulher, o tom rouco compõe uma impresso de fragilidade, que se confunde com a força que ela cria a partir, apenas, da aceitação inegável de sua doença.
Cheguei leve em casa. Com aquela sensação de alma lavada. Por lágrimas, seguramente. Já que o filme é uma mescla de risos, sustos, amores e choro.
Leve um lenço. E divirta-se com essa lindamente contada história.
iPod em silêncio.
No iPad, apenas o som das palavras tomando forma para esse post.
Depois desta resenha fantástica a curiosidade aguçou ... quero e vou ver ... amigos outros assistiram e tiveram uma visão muito próxima da sua ... indo conferir ... acho q dia 12/06 na hora do tal jogo de futebol ... irc ...
ResponderExcluirBeijão
Lembre de voltar e me dizer o que achou. Sinta-se livre para discordar. Ou concordar. Beijão.
ExcluirO livro foi dos melhores que li nos últimos tempos. Curioso pelo filme e, pelo que já disseram, é tão bom quanto! Só não sei se vou ao cinema ou se espero pra ver em casa e ficar à vontade pra rir ou chorar.
ResponderExcluirTenha sua experiência na telona. Vale a pena ver, enorme, os olhos de Hazel e o sorriso de Augustus.
ExcluirEu li o livro e Hazel e Augustus me deixaram apaixonado.
ResponderExcluirApaixone-se ainda mais quando eles ganham vida na telona
ExcluirApaixone-se ainda mais quando eles ganham vida na telona.
ResponderExcluirQuando soube do que se tratava o filme e vi uma entrevista com o Autor me fez repensar "o que é final feliz " ???
ResponderExcluirFale mais sobre isso, Rô.
ExcluirFoi EXATAMENTE a minha impressão. Poesia em forma de filme! <3
ResponderExcluirQue bom que vc gostou, amigo. Tanto do filme quanto da resenha. Volte mais.
ExcluirFiquei morrendo de vontade pelo filme! Vi o trailer e aliado ao que você escreveu pude sentir um pouco da poesia de que falas!
ResponderExcluirAdorei tudo isso!
Abração
Depois que assistir, volte aqui no espaço e me diga o que achou. Beijos.
ExcluirAinda não li o livro e não vi o filme, acho que não faz muito meu estilo..rs vou tentar pelo menos o livro.. Abs
ResponderExcluirOi Rodrigo. Não li o livro, mas já que vc selecionou esse tipo de mídia, divirta-se. Com certeza, a profundidade é maior, mas a telona é seus movimentos e músicas me encantam um pouco mais. Acho livro demorado pra acontecer as coisas (risos). Depois me conta sua experiência?
ExcluirTudo aquilo que não é descartável parece insípido hoje em dia!
ResponderExcluirVi o filme, li o livro e adorei a resenha!
bjs
Oi J.A. Tive que parar um pouco para ler se comentário. E vc resumiu toda uma geração em apenas uma frase. Hoje, a impressão que eu tenho é que se vive uma vida em apenas um fim de semana. Encontra-se, apaixona-se, casa-se, ocorre-se a primeira crise e termina-se em três dias. Efêmero. Superficial.
ExcluirQue bom que gostou da resenha. Foi feita com carinho. Volte sempre.
Ainda não li e ainda não vi! Mas tua resenha serviu pra colocar a obra nos meus planos. Bjs!
ResponderExcluirOi Fred. E aí? Viu o filme? O que achou? Ou já começou a ler o livro?
ExcluirHavia decidido definitivamente que não assistiria o filme. Acabei de mudar minha ideia, de verdade!!! Irei sozinho pra poder chorar a vontade, pq qdo estou acompanhado fico tímido...rs. Excelente texto, tanto na ideia como na escrita...abç
ResponderExcluirOi Rafael. A ideia era passar o que eu senti. De coração. Mas lembre-se que a leitura do filme depende muito da história pessoal de casa espectador. Eu tive uma excelente experiência. Amigos próximos e meu noivo sentiram justamente o contrário. Quero saber depois o que vc achou. Seja bem-vindo. Volte sempre.
ExcluirSabrina Camburão é #pracabar! Hahaha! ;)
ResponderExcluirMORRI com esse nome. HuAhUaHuaHuaHua
ExcluirOopa! Tudo joia?!
ResponderExcluirEntão, eu li o livro... ainda não vi o filme, confesso que ainda to meio constrangido de ir, dada a profusão de lágrimas que o livro me causou, interessante que é bem o que você falou na sua postagem... o livro me pegou por um lado que eu ando meio sensível, enfim... Muito legal a forma como você escreveu, disse tudo, sem contar nada do filme...
Interessante como os atores se encaixaram nos personagens não?! Não dá para imaginar uma Hazel ou um Gus que não sejam aqueles...
Abração!.
Oi Latinha. Antes de tudo, bem-vindo ao meu espaço. Que bom que vc comentou. Eu ainda não li o livro, mas achei que a escolha deles foi perfeita para o filme. Esmo sem saber da história original, que deve ser mais detalhada e profunda, os atores e personagens me cativaram por sua simples existência. Gus é um príncipe perdido entre os plebeus. Hazel é uma guerreira, fantasiada de princesa. Uma delicia de assistir. E de chorar. Como eu disse, lava a alma e nos da esperanças que relacionamentos podem ser para sempre. Mesmo que não sejam.
ExcluirOi Latinha. Antes de tudo, bem-vindo ao meu espaço. Que bom que vc comentou.
ResponderExcluirEu ainda não li o livro, mas achei que a escolha deles foi perfeita para o filme. Esmo sem saber da história original, que deve ser mais detalhada e profunda, os atores e personagens me cativaram por sua simples existência. Gus é um príncipe perdido entre os plebeus. Hazel é uma guerreira, fantasiada de princesa. Uma delicia de assistir. E de chorar. Como eu disse, lava a alma e nos da esperanças que relacionamentos podem ser para sempre. Mesmo que não sejam.