sábado, 26 de abril de 2014

Não Gosto Dessa Dor


Nossa… faz exatamente um ano que estive por aqui. Escrevi. Pus meus pensamentos para fora em forma de texto. Consegui concatenar minhas emoções em algo que pôde (ainda se usa esse acento?) ser traduzido em parágrafos.

Hoje, vivo um turbilhão de emoções que, muitas vezes, não consigo por em ordem. Amor, odio, raiva, alegria, gratidão, desconforto e outras tantas emoções que permeiam minha vida de forma constante e intensa.

Não sei trabalhar dessa forma. Não sei como por ordem nessa bagunça que está minha cabeça, nem meu coração.

Em conversa com minha terapeuta, eu percebi que preciso definir alguma prioridades. Coincidentemente, em uma videoconferência com ela, a mostrei uma foto de quando eu tinha 10 anos de idade. Queria voltar àquela época, onde tudo era mais fácil, mais livre, mais feliz. E, em sua sorrateira, mas fulminante inteligência, me fez enxergar que aqueles tempos não voltam mais.

Lembrei imediatamente do termo, em inglês, growing pains, que significa justamente essas merdas que temos que passar para amadurecer e encarar a vida adulta. Não gosto dessa dor. Me apego a qualquer momento de alegria, de felicidade radiante, para que eu possa suportá-la. E aprendi que elas são necessárias. Não gosto dessa dor. Mas preciso passar por essa fase. Não gosto dessa dor.

Não gosto dessa dor.

3 comentários:

  1. Que bom que você retornou.
    Espero que ele ajude você a enfrentar essas novas dores.

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    1. Que delicia receber vc em meu espaço meu querido. Anos depois, vejo que vc ainda se joga nas palavras como uma criança se joga numa piscina. Seja bem-vindo. Um beijo.

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  2. A dor nunca é desejada... mas muitas vezes necessária. Lembre-se que a fênix ressurge das cinzas, imagine como é queimar em temperatura alta suficiente para refazer-se?
    Mas a vida adulta é isso... Dores e crescimento. Mais fardos que recompensas. E assim vamos crescendo, amadurecendo, envelhecendo, um dia após o outro, e, de vez em quando... Uma alegria, uma certeza, uma realização.
    Não olhe para trás. O passado está definido. O que está à frene é que importa!

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