Ela (Her, EUA, 2013) é uma massagem no coração. Sabe daquelas massagens que dão uns solavancos, de vêz em quando, que chegam a doer? Pois é. Desses.
A narrativa quase que em primeira pessoa. Os diálogos. O roteiro. Tudo faz com que você se depare com um espelho. E nesse espelho, tudo que não é você, passa a ser. Porque fala de evolução desde o primeiro verso. E inputa valor em valores que nem sequer pensamos a respeito no dia-a-dia.
Tudo foi feito para nos apaixonássemos por Samantha: a voz, a graça, a naturalidade que sua voz saia de um auricular e a suavidade que ela impunha em casa uma de suas frases.
No final, percebi que não era por ela que me apaixonei. E sim pela pessoa que ele, Theodore, se tornou, depois de estar com ela.
Consigo escrever apenas que senti a tradução de palavras como descoberta, redenção, superação. E uma conjugação que eu não conhecia do verbo amar.