quarta-feira, 6 de março de 2013

Na contramão e/ou na direção da massificação da música

Eu tenho certeza que ando pela contramão da industria fonográfica mundial. Basta alguma coisa ser febre que me desperta o mais profundo desinteresse, principalmente se são nomes ou ritmos novos. Faço questão de não ouvir, pelo simples desprazer de não ter descoberto sozinho.

Não estou negando talentos nem qualidade, até porque não possuo conhecimento técnico suficiente para determinar o quão boa uma música é ou não.

Estou afirmando, na verdade, que o fato de alguma coisa ser massificada já me deixa enjoado para tentar aprender o novo som.

Mais ainda, quando são lançamentos relâmpagos, nos quais não se espera um música ser trabalhada direito, ja estão "enfiando" outra goela abaixo para que não esqueçamos o nome daquele DJ, daquela musa, daquela "diva".

Confesso, para desgosto e ira dos meus amigos mais próximos que não suporto Adele, odiei o penúltimo álbum da Madonna, desprezei o último e, sequer, fiz força para ir ao seu show. Shakira ficou estagnada no tempo, lá no primeiro álbum, antes de começar a chafurdar indefinidamente na lama - literalmente, todos os seus clipes ela está rebolando e se esfregando em alguma coisa gosmenta - e Lady Gaga tinha até um pouco do meu apreço antes de começar o seu desfile incauto, com o bom gosto e a elegância de um elefante branco selvagem.

Se por um lado, as atuais mídias nos proporcionam acesso direto e rápido ao novo, por outro, esse mesmo novo se torna tão descartável que é erguido ao esquecimento em pouquíssimo tempo.

Em alguns casos, mais extremos, a massificação é tão gigante que não se agüenta mais ouvir falar desse Pu daquele artista, desse ou daquele episódio envolvendo essa ou aquela diva. Se procura fama e acaba-se caindo na repetição de si mesmo - e dos outros - e no ostracismo.

E como toda regra tem exceção, as vezes me pego escutando alguma coisa que já estava nas paradas de sucesso, escutando alguma peça não tão comercial.

Foi assim que conheci, ou melhor, voltei a conhecer Florence and the Machine. Graças a uma faixa da trilha de um filme, resolvi conhecer a obra dela. E adorei.

Mas a meu vicio mais recente é a música que Scissors Sisters tem trabalhado tão bem. Com um ritmo gostoso e contagiante, deixei a música no "repeat" em meu iPod e, não contente, assisto inúmeras vezes o videoclipe.

Sejam bem vindos à massificação da música mundial. A ordem é se divertir, ouvir música, bagunçar e cantar junto.

Lets have a Kiki.

2 comentários:

  1. tô sentindo q vc é meio hipster e gosta de bandas que ninguém ouviu falar né?

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  2. eu tenho essa mesma sensação que você com relação a música, de qualquer forma sempre fui mais visual que musical... e adoro Scissors Sisters

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