Percorrendo o mundo na minha busca frenética por novas vozes, novos sons e línguas diferentes, me deparei recentemente (na verdade, um reencontro) com um grupo de pop espanhol chamado Fangoria.
Minha história com esse grupo remonta os tempos nos quais eu percorria as ruas madrilenhas, conhecendo cada ponto da primeira cidade européia que eu conhecia. Passei a curtir cada pedacinho da cidade, em seu frio de janeiro e fevereiro, fazendo amigos, aprendendo uma nova língua, estudando e curtindo uma vida diferente.
Conheci pessoas que permeiam meu círculo de amizades até hoje, mesmo que distantes, com palavras que aparecem em datas especiais, mas sempre com muito carinho e admiração.
Nas rádios, a vocalista Alaska cantava "No Sé Que Me Das" e eu achei o som interessante. "Naturaleza Muerta" foi o primeiro CD que comprei e devorei suas músicas como gato novo bebe leite da tigela. "Eternamente Inocente" foi a primera música que consegui tirar a letra em Espanhol e umas das minhas primeiras manias de Fangoria.
Voltando ao presente, estava passeando nas lojas e achei três CDs do grupo. Um, uma reedição do "Naturaleza Muerta" que falei acima, desta vez com 2 CDs, sendo um de remixages. Outro, o primeiro CD do grupo, de 1999, chamado "Una Temporada en El Infierno", também com outro CD recheado de "remezclas". E um novo que eu não havia conseguido pela internet: "Un Dia Cualquiera en Vulcano", de 2003, edição também dupla.
Redescobri esse grupo e tenho ouvido as músicas que me agradam, aprendido a ouvir as outras antigas e, claro, me deliciando com as músicas que ainda não conhecia.
Alaska, a vocalista, é nascida na Argentina, mas mudou-se antes de aprender a falar para a Espanha e tem o mais perfeito e lindo sotaque espanhol central. Além disso, sua voz é unica. Uma mistura de tons graves e melodia chorosa, meio melancólica, meio raivosa, com letras deliciosamente sádicas ou ácidas. RECOMENDO!